SERVIÇO
Temporada
12 jan a 28 abr
Sex e Sáb, 20h | Dom, 19h
Duração
80 minutos
Classificação etária
O texto da peça é uma adaptação de Clarice Niskier para o teatro, do livro homônimo do rabino Nilton Bonder. A supervisão da montagem é de Amir Haddad.
A atriz adaptou o texto com “o objetivo de mobilizar o pensamento e a emoção do espectador contemporâneo”, o que vem, de fato, acontecendo desde a sua estreia, em junho de 2006.
A peça desconstrói e reconstrói conceitos milenares da história da civilização, como corpo e alma, certo e errado, traidor e traído, obediência e desobediência.
A atriz revela em cena o conceito de alma imoral que, segundo o rabino Nilton Bonder, está ligado ao potencial transgressor do ser humano que, por sua vez, se alia a ideia de evolução. Já o corpo moral está ligado ao potencial conservador do ser humano que se alia a ideia de reprodução. Os dois potenciais estão ligados à preservação da vida. E a preservação da vida se dá tanto pela obediência quanto pela desobediência. Ambas, dimensões sagradas da consciência. A peça, com humor fino e sabedoria vai aprofundando o tema da transgressão de forma a revelar suas várias faces no mundo coletivo e individual. Vai revelando a maneira como o homem, em sua jornada, vai deixando os lugares estreitos rumo aos lugares amplos, para evoluir e se preservar.
Sozinha no palco, Clarice Niskier está em contato direto com a plateia, sem fazer uso da chamada “quarta parede”. Para contar histórias e parábolas da tradição judaica, a atriz se vale de uma cadeira Panton preta e um grande pano preto que, concebido pela figurinista Kika Lopes, transforma-se em oito diferentes vestes – mantos, vestidos, burcas, véus. O espaço cênico concebido por Luís Martins é limpo e remete a um longo corredor em perspectiva.